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“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Pois foi por meio dela que os antigos receberam bom testemunho” – Hebreus 11:1-2.

Em hebreus 11, percebe-se que fé não é um sistema regrado, sistematizado, fechado e hermético. Mas também não é irracional, cega e tacanha. Fé, em Hebreus 11, é algo aberto, como uma caminhada, experimentando novidades a cada passo, mas com balizamentos e postulados. Incrível essa dualidade ou complementaridade. Como ter certeza de algo que se espera, e convicção daquilo que não se vê (Hb 11:1)? Então, fé não é um conhecimento meramente acadêmico, recheado de doutrina, mas uma existência que confia em Deus (pessoa, relacionamento) e na Sua palavra (doutrina). Não é um arcabouço teológico, mas também não é uma experiência mística tresloucada. Portanto, fé não pode ser explicada em sua plenitude, mas pode ser percebida e experimentada. Em hebreus, existe a indispensabilidade da fé: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” - Hb 11:6.  

Abel ofereceu, Enoque agradou, Noé construiu, Abraão obedeceu.  Ambos viveram pela fé. Se deslocaram pela fé. Tiveram atitudes pela fé. Colocaram como primazia uma confiança inabalável em Deus e entrega incondicional a Ele. Buscaram a Presença e se moveram na Presença, pois quem se aproxima de Deus, deve fazer de sua existência, uma vida proposital baseada na fé. Como explicar Noé construindo uma arca para um dilúvio, sem ao mesmo ter havido chuvas anteriormente?  Como sair de sua casa e de sua parentela, sem ter uma reserva de terra ou direcionamento pré-determinado, como fez Abrão? Loucura ou fé? Ou ambos? Existiria uma certa “loucura” na fé? Fé racional é fé arcabouçada? 

Quem tem fé que a tenha, e a experimente para servir a Deus e ao próximo. 

“Pela fé entendemos...” Hb 11:3ª. Mas o que é fé?

Bispo Luis Fernando Hammes é superintendente da 8ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista Wesleyana