O dia 8 de março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica para reivindicarem a redução do horário/dia de mais de 16 horas para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica, onde um incêndio matou cerca de 130 mulheres. Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como "Dia Internacional da Mulher".
O Cristianismo, sem dúvida, é o seguimento religioso que traz o valor da dignidade feminina. Jesus aproximou-se com amor divino das mulheres, elevando sua importância dentro do reino de Deus e dignificando seu papel social/familiar. Podemos citar Maria e Marta de Betânia, Madalena, e Joana (a esposa do procurador de Herodes), e Suzana que ministraram junto a Cristo. Na Igreja cristã primitiva tínhamos a diaconisa Febe, que é descrita como alguém que socorria a muitos e inclusive a Paulo. Temos Lídia, de Tiatira (Atos 16:14) que dava exemplo aos fiéis: "E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia". Podemos ainda citar Priscila, a quem Paulo diz, teria "por minha vida, cortado o próprio pescoço". E outras: Trifena e Trifosa, "que trabalharam no Senhor”, e Dorcas.
O Metodismo Wesleyano foi praticamente fundado por Suzanna Wesley. A educação de Wesley, através de sua notável mãe, o impressionara com a mais alta ideia do caráter feminino cristão. Foi em casa, com sua mãe e suas irmãs que Wesley não falhou em inclinar-se a justa apreciação da mulher. No Metodismo americano temos Mary Bosanquet que era guia de classe e pregadora leiga. João Wesley considerava a sua pregação como sendo “luz e fogo”; ou seja, ela era sábia e inteligente, cheia de ânimo e vivacidade. As mulheres metodistas também participavam no sustento do trabalho missionário, com recursos financeiros e atuação efetiva.
Parabenizo, nesta ocasião, a todas as mulheres wesleyanas. Vocês fazem juz ao título de Provérbios 31: Mulher Virtuosa. Posso afirmar, sem medo de errar, que temos várias delas dentro de nossas igrejas. Saibam que o valor de vocês é reconhecido pela Igreja e por Deus. Exerçam o ministério que Deus colocou nas mãos de vocês, seja no lar, na igreja, no trabalho ou na sociedade. Levem a percepção e o encanto feminino aos ambientes.
Parabéns, Deus as abençoe.
Luis Fernando Hammes é superintendente da 8ª Região Eclesiástica