Texto base: Marcos 4.35-41
No mês de junho, o artigo apresentou que as tempestades da vida são inesperadas, perigosas, incontroláveis e surpreendentes. No mês de julho, falamos sobre as perguntas feitas nas tempestades. Mestre, não te importa que pereçamos? Por que sois assim tímidos? Por que não tendes fé? Hoje terminaremos o artigo apresentando as razões pelas quais os discípulos deveriam ter fé e não medo.
1) A promessa de Jesus (4:35). Jesus havia empenhado sua palavra a eles: “passemos para a outra margem”. O destino deles não era o naufrágio, mas a outra margem. O Senhor vela pela sua palavra em cumpri-la. Quando ele fala, ele cumpre. Promessa e realidade são a mesma coisa. A Palavra de Jesus, as promessas de Jesus não podem ser frustradas. São planos são perfeitos. Pode passar o céu e a terra, mas as palavras do Senhor não passarão. O que fala, ele cumpre. Ele não é homem para mentir. Ele é a verdade.
Jesus não promete viagem calma e fácil, mas garante chegada certa e segura. Jesus não nos promete ausência de luta, mas vitória garantida. A palavra de ordem de Jesus tornou-se uma promessa segura de Jesus. Essa promessa deveria ter encorajado e fortalecido os discípulos (Sl 89:9).
Quando o medo assaltar a sua fé, agarre-se nas palavras e nas promessas de Jesus. Quando as pessoas à sua volta disserem para você que a situação está perdida e que não existe mais solução, creia na Palavra de Jesus. Para ele não há impossíveis. Ele caminha sobre as ondas. Ele põe termo à guerra. Ele salva o perdido, cura o enfermo, levanta o caído ele faz novas todas as coisas.
2) A presença de Jesus (4:36). É a presença de Jesus que nos livra do temor. Davi diz que ainda que andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum (Sl 23:4). Não porque o vale seria um caminho seguro. Não porque a circunstância era fácil de enfrentar, mas porque a presença de Deus era o seu amparo. A presença de Deus nas tempestades é nossa âncora e nosso porto seguro.
Os discípulos se entregaram ao medo porque se esqueceram de que Jesus estava com eles. O Rei do céu e da terra estava no mesmo barco e por isso, o barco não podia afundar. O criador do vento e do mar está conosco, não precisamos ter medo das tempestades. Quando os discípulos noutra ocasião enfrentaram a fúria desse mesmo mar, Jesus apareceu a eles andando sobre as águas e dizendo-lhes: “Não tenham medo, sou eu.” Queridos as tempestades virão. Elas podem ser maiores do que nossas forças. Elas podem desafiar nossa capacidade de resistência. Elas podem tirar o leme do nosso barco das nossas mãos. As coisas podem fugir do nosso controle. Mas, o Senhor do céu e da terra, prometeu estar conosco sempre. Ele é o nosso refúgio. Sendo ele nosso protetor não precisamos temer.
3) A paz de Jesus (4:38). Enquanto a tempestade rugia com toda fúria, Jesus estava dormindo. Jesus descansa certo de que o Pai cuidará dele. Será que Jesus sabia que a tempestade viria. É óbvio que sim. Ele sabe todas as coisas, nada o apanha de surpresa. Aquela tempestade estava na agenda de Jesus; ela fazia parte do currículo de treinamento dos discípulos. Mas, se Jesus sabia da tempestade, por que dormiu.
Ele dormiu por duas razões: porque descansava totalmente na providência do Pai.
E porque sabia que a tempestade seria uma lição na vida dos seus discípulos. O fato de Jesus estar descansando na tempestade já deveria ter acalmado e encorajado os discípulos. Jesus estava descansando na vontade do Pai e sabia que o Pai podia cuidar dele enquanto dormia. Isso é paz no vale.
As tempestades da vida podem nos abalar, mas não abalam o nosso Senhor.
Elas podem ficar fora do nosso controle, mas não fora do controle de Jesus.
4) O poder de Jesus (4:39). Aquele que estava no barco com os discípulos é o criador da natureza. As leis da natureza estão em suas mãos. Ele controla o universo. A natureza ouve a sua voz e o obedece. Seguimos ao Senhor que tem todo poder e autoridade no céu e na terra. Ele trabalha em nosso favor. Ele cuida de nós. Quem tocar em nós, toca na menina dos seus olhos.
Marcos insere esse registro da tempestade num contexto que enaltece e destaca o poder de Jesus. Ele está revelando seu poder sobre as leis da natureza, acalmando o mar. Ele revela sua autoridade sobre os demônios, libertando o endemoninhado de Cafarnaum (1). Ele acentua sua autoridade sobre a enfermidade, curando a sogra de Pedro (1) Cura também no cap. 1 um leproso. Ele cura um paralítico (2), um que tinha uma das mãos mirrada (3).
Jesus repreendeu o vento e o mar e eles se aquietaram e se emudeceram. Ele tem poder para repreender também os problemas que nos atacam a enfermidade que nos assola, a crise que nos cerca as aflições que nos oprimem. Jesus repreendeu o mar pela sua fúria e depois repreendeu os discípulos pela sua falta de fé. Muitas vezes, a tempestade mais perigosa não é aquela que levanta os ventos e agita o mar, mas a tempestade do medo e da incredulidade. O nosso maior problema não está ao nosso redor, mas dentro de nós.
Talvez você esteja enfrentando uma tempestade inesperada, perigosa, incontrolável e surpreendente. Não deixe o medo de dominar, exerça uma fé madura nesta hora. Afinal você tem a promessa de Jesus, a presença de Jesus, a paz de Jesus e o poder de Jesus. Você ficará maravilhado. Quando Jesus fez cessar o vento e o mar, Mateus diz que os discípulos se maravilharam. Jesus é o mesmo e hoje pode acalmar a tempestade na sua vida. No início eles temiam a tempestade, agora temiam o Senhor. Não tema as tempestades, Jesus está no controle delas. O Senhor é a nossa bandeira. O nosso defensor. O nosso escudo.