As estatísticas mostram que muitas pessoas, apesar de terem suas Bíblias, não conhecem a Palavra de Deus, automaticamente seu conhecimento sobre Deus fica comprometido. Isso me leva a pensar em alguns fatores que podem estar contribuindo para essa triste realidade.

Muitos crentes não separam tempo para leitura da Palavra, contentam-se apenas em obtê-lo através de um sermão por semana; os pais, por conta de assumirem muitos compromissos, não estão dedicando tempo ao ensino da Palavra de Deus a seus filhos; muitas igrejas não a têm priorizado em seus púlpitos, os louvores e as oportunidades têm feito com que o tempo para a mensagem bíblica seja cada vez menor. Outro item que julgo importante: há pouco investimento para o departamento infantil e até mesmo para os outros departamentos que visam à educação. Esses são alguns itens que me vieram à mente, mas há muitos outros, os quais você mesmo pode colocar na sua lista, que têm contribuído para esse tipo de desafio.

Não podemos permitir que a situação vivida pelo povo de Israel se repita conosco. Eles estavam sendo destruídos por falta de conhecimento – Oseias 6.4.

O conhecimento de Deus é vital para a nossa sobrevivência, pois ele é o nosso maior privilégio e a nossa maior necessidade; a essência da nossa salvação; é a base da verdadeira experiência espiritual; o ingrediente mais importante na formação de um verdadeiro discípulo; um antídoto contra pecado e é a essência da fé. Por isso mesmo, o inimigo de nossas almas vem atacando tão severamente as pessoas para que não conheçam a Deus e, obviamente, a sua Palavra.

Precisamos urgentemente pedir ao Espírito Santo que nos desperte, que nos faça ter sede de Deus, fome por sua Palavra, aí sim estaremos aptos a vencermos esse ataque tão terrível que vem assolando as igrejas em quase todo o mundo. Precisamos ir para um nível de conhecimento que seja compatível com quem ama a Deus. Não podemos dizer que o amamos, se não temos interesse em conhecê-lo. Nossa fé só será mantida se procurarmos conhecer o objeto da nossa crença.

Se não valorizarmos a educação na igreja, estaremos pondo em risco o futuro dela, e o diabo sabe disso!  Devemos dar mais tempo à Palavra de Deus em nossos púlpitos; os pais devem assumir a responsabilidade de ensinar seus filhos sobre Deus; devemos investir no departamento infantil com bons materiais, como os do Centro de Publicações; fornecer cursos de capacitação para os professores; devemos implantar o GCEU dentro das normas estabelecidas pelo responsável geral, Revdo. Gilberto Geraldo de Oliveira; devemos acatar as orientações do Conselho Diretor do CEFORTE para que a formação de nossos obreiros possa ser de boa qualidade; os obreiros da Igreja Metodista Wesleyana devem esforçar-se para participarem dos congressos e cursos promovidos pela igreja no âmbito geral, regional e distrital – isso por certo fará com que caminhem em sintonia com a direção dada pelo Espírito Santo à nossa igreja. Enfim, tudo o que for para o aprimoramento do conhecimento será bem-vindo, pois não podemos permitir que pereçamos, resultado de uma fé fraca. Se não procurarmos priorizar esse assunto tão importante nas nossas vidas, poderemos pôr em risco a nossa fé, é o que se diz em Rm 10.17: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus”.

Convido-o a esforçar-se e a pôr em prática esses conselhos, pois assim melhoraremos o nosso nível de conhecimento sobre Deus e, por certo, haveremos de ser um povo forte que o glorifica com uma vida em conformidade com a finalidade para a qual fora criada.

Bispo Jamir Carvalho é o superintendente geral da Igreja Metodista Wesleyana