Bispo Elisiário | O perigo da avareza


É indiscutível a capacidade humana, o que comprova que o Criador o fez de forma diferenciada das demais criaturas. Aliás, confiou-lhe o domínio da terra, deixando sob seus cuidados a administração da mesma, com domínio sobre o que havia sido criado.

Ao olharmos para o mundo, ficamos a nos questionar: O que aconteceu com a raça humana para que chegássemos a um nível insuportável como presenciamos hoje? A resposta nos é dada por Salomão, que em seu trabalho de pesquisas a fim de entender o sentido das coisas, chegou a esta conclusão: “Eu descobri isso pouco a pouco, quando procurava respostas para as minhas perguntas. Procurei outras respostas, mas não encontrei nenhuma. Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo”. (Ec. 7.27 e 29). NTLH


Entre os desvarios cometidos pelo homem, um deles é a insaciável vontade de adquirir coisas em sua curta estada sobre a terra. E o pior de tudo é que quanto mais consegue, mais sente vontade de conseguir e nunca há limites para isso. Ao que chamamos de avareza. E todo aquele que se deixa dominar por esse espírito de ganância é capaz de cometer os maiores absurdos, desde que consiga o seu intento, isto é, de continuar acumulando bens materiais.

Jesus reiteradas vezes advertiu aos que o ouviam quanto ao perigo da avareza: “E continuou, dizendo a todos: Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas” ( Lc. 12.15). NTLH

Já na parábola do Semeador, Jesus mostra que um dos empecilhos para que a semente não produza tem como consequência a avareza: “Outras pessoas são parecidas com as sementes que foram semeadas no meio dos espinhos. Elas ouvem a mensagem, mas as preocupações deste mundo e a ilusão das riquezas sufocam a mensagem, e essas pessoas não produzem frutos” ( Mt. 13.22). NTLH

Em face aos malefícios que o apego aos bens terrenos podem causar ao ser humano, merece uma vigilância ininterrupta, a fim de não virmos nos tornar reféns daquilo que acabará em nada, e pode nos empobrecer com relação aos valores eternos.

Um exemplo que merece a nossa atenção é a oração de Agur, quando procurando um ponto de equilíbrio assim se expressou: “Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver. Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus” ( Pv. 30.7-9). NTLH

Que o Senhor nos ajude a priorizar as coisas que são de cima, pois é para lá que estamos caminhando, e desejamos passar a eternidade.

Bispo Elisiário Alves dos Santos

 

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