No contexto sanitário, político, econômico em que o mundo se encontra, muitas medidas têm sido tomadas pelas autoridades científicas, médicas, políticas e judiciárias, no sentido de se encontrar uma solução, se não definitiva, pelo menos de controle e contenção desse mal mundial. Infelizmente também parece que tais buscas têm sido contaminadas por um mal moral, maior e pior do que o natural, pois tal mal tem comprometido a própria qualidade da busca pela solução preconizada e “almejada”.
Como é natural da humanidade caída, cenário desse tipo, embora enseje a prática do amor e bondade dos piedosos, tementes a Deus, enseja também os mais diversos oportunismos malignos, trazendo à tona o que há de mais perverso da natureza humana, em todas as ações de gestão, governança e relacionamentos diversos, conforme temos testemunhado.
Em países como o Brasil, que já há algum tempo vem sofrendo com a polarização política e politização da magistratura, a pandemia tem propiciado a exposição escancarada das motivações funestas de muitos dos protagonistas, cujas ações vem causando prejuízos humanos irreparáveis.
Assim, surge o clamor da população por salvação institucional, nominando certos segmentos ou agentes do poder de Estado como vilões, e outros como esperança de salvação, ou mesmo salvadores.
Ocorre que salvação do juízo de Deus, só é possível em Deus, que a propiciou, na obra de Redenção realizada por Cristo Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! É provável que Deus esteja usando este mal natural como misericordiosa medida corretiva, oportunizando o arrependimento da humanidade incrédula, do pecado e do mal moral, para a prática da justiça e piedade.
Nós, crentes em Jesus Cristo, sabemos que Deus governa absoluto sobre o universo. Em relação à humanidade, ele é tanto transcendente como imanente, e que todas as coisas ao final se alinharão no cumprimento dos seus propósitos eternos, e por esse conhecimento e comunhão que temos com Deus, por meio do nosso Jesus Cristo, podemos desfrutar de sua perfeita paz em meio às aflições, e aproveitarmos o ensejo para frutificar em toda boa obra (Cl 1.9, 10; Tg 1.2-4, 12). Somos templo do Espírito Santo! Não estamos sós!
É provável que as dores e angústias previstas para os tempos escatológicos já estejam no seu nascedouro. Isto, para nós que aguardamos a volta iminente de Cristo, implica motivo de grande alegria face a proximidade da nossa redenção final (Lc 21.28; Rm 8.22, 23). Mas, ao mesmo tempo, grande responsabilidade no cumprimento do nosso papel como cidadãos, ao mesmo tempo terrenos e celestiais, e no cumprimento da grande comissão. Pois, mesmo neste contexto de apostasia generalizada, ainda há muitas vidas quebrantadas a serem alcançadas pela boa nova de salvação!
Ademais, no exercício do sacerdócio universal temos também a oportunidade e a responsabilidade de interceder pela nação brasileira e por todos os povos. Assim sendo, vamos seguir aproveitando cada oportunidade, ensejada por esses tempos difíceis, para crescermos em fé e no exercício da piedade, enquanto aguardamos a bem aventurança da sua gloriosa vinda! Amém!