O "novo natal": como ficam festas em meio à pandemia?
Com a chegada das festas de fim de ano, é importante saber como manter as celebrações com segurança
Redação CPIMW
11 de Dezembro de 2020

(Foto: Volodymyr Hryshchenko/Unsplash)

Dezembro chegou, e com ele as tradicionais festas de fim de ano que tanto são adoradas. Afinal, poucos são os que não costumam se reunir em família e também com os amigos mais chegados para celebrar o Natal e o Ano Novo. Casa cheia, comida farta na mesa, crianças correndo por todos os lados, a troca de presentes, cenas comuns em muitas famílias mundo afora.

2020, porém, trouxe um cenário novo e que não poderá ser ignorado: a pandemia da covid-19. Sim, enquanto não houver vacina, não importa a ocasião, o chamado “novo normal” terá de fazer parte da rotina da população, e isso inclui as celebrações.

Mas isso significa então que as festas de fim de ano terão de ser canceladas? Calma, não precisa se desesperar. Alguns cuidados, no entanto, serão imprescindíveis. Ao portal “Bem Paraná”, o infectologista Moacir Pires Ramos deu algumas dicas para quem está com dúvidas sobre como será essa reunião familiar em tempos de distanciamento social.

“Todo mundo quer uma bala mágica para ontem, mas infelizmente a ciência ainda não descobriu essa bala mágica. Até ter a vacina, até ter uma forma de enfrentar [a doença], vamos ter de conviver com isso: cuidados, distanciamento, máscaras e não fazer aglomerações”, disse o médico.

As festas familiares se tornam ainda mais perigosas pelo costume de as pessoas “relaxarem” com os cuidados justamente por estarem em casa, mas se você está pensando em receber um grupo de pessoas que não convive com você, todo cuidado é pouco.

Aliás, por mais doloroso que seja, talvez a melhor solução seja ter uma ceia com poucas pessoas. “Não tem um número mágico, mas um número de pessoas que dê para ficar bem distante. Use máscara. Pessoas que não convivem no mesmo ambiente têm de estar de máscara, infelizmente. Ambientes abertos, com renovação de ar, são preferíveis”, acrescentou o infectologista. 

Atenção também aos que apresentem quaisquer sinais de resfriado ou gripe. Assim como tem sido em ambientes de trabalho e demais eventos, a regra terá de ser seguida: fique em casa.

“Você pode dizer que é alérgico, mas ainda assim evite, não sabemos se é só um ataque de alergia ou virose. Tem sintomas respiratórios, pede desculpa e não vai. E também é importante lembrar todo mundo que não é pós-pandemia, ainda não é uma volta ao ‘novo normal’. Alguns países estão experimentando a segunda onda da doença, e há uma tendência de mais jovens estarem adoecendo. Não são casos tão graves, mas é um aumento bem significativo de casos, com um pessoal voltando para festas, trabalhos. E nós, quando vamos ter uma próxima onda? Quando o pessoal baixar a guardar e começar a ir para festas. Então ainda não é o momento”, concluiu o especialista.


Natal nas empresas

As tradicionais confraternizações que as empresas costumam realizar nesta época do ano também sofrerão algumas adaptações em virtude da pandemia. Luís Otávio Neves, presidente do Sindeventos, disse ao jornal Correio Braziliense que as empresas já visam alternativas para reunir o corpo de funcionários. “O mercado começa a se movimentar agora. As confraternizações serão diferentes. As empresas com 30, 40 funcionários vão levá-los para eventos drive-in. As que têm mais colaboradores optarão por espaços maiores e abertos.”

Nunca é demais reforçar que a principal arma de combate à covid-19 é evitar aglomerações, lavar constantemente as mãos e, caso não seja possível, usar álcool gel para higienizá-las sempre que quiser tocar no rosto. As mãos são o principal ponto de contato com demais superfícies, daí a necessidade de mantê-las sempre limpas. Não esqueça também de usar máscara sempre que precisar sair de casa — e se for passar na casa de alguém, faça a sua parte. Sem dúvida, ainda que diferente, seu natal será seguro.

(Fonte: bemparana.com.br e correiobraziliense.com.br) 

 

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