A pandemia do Novo Coronavírus tomou proporções poucas vezes vista no mundo, mudando não apenas a rotina de cidades inteiras, mas também provocando cancelamentos de eventos internacionais do porte dos Jogos Olímpicos — para se ter uma ideia da gravidade, antes apenas as duas Guerras Mundiais haviam provocado o cancelamento da Olimpíada.

Autoridades do mundo todo têm pensado nas melhores medidas para conter o avanço da doença, e uma das atitudes mais eficazes é a chamada quarentena, quando as pessoas precisam se isolar por um determinado período de tempo, evitando ao máximo ir à rua durante essa fase.

E se para adultos já é um desafio encontrar entretenimento para vencer o tédio durante a quarentena, imagine para crianças e adolescentes? Para muitos pais, esse tem sido o grande desafio da pandemia do coronavírus, e o Voz de Mulher separou algumas dicas do que fazer com os filhos para mantê-los em casa e bem nesse período:

- O principal, segundo pedagogos, é estabelecer uma rotina para crianças e adolescentes, incluindo os estudos. Como as aulas foram interrompidas nas grandes cidades, o ideal é que pais coloquem as crianças para realizar atividades escolares, de preferência, no mesmo horário em que elas estariam na escola (no caso dos mais velhos, apenas oriente e deixe-os livres para estudar por conta própria).

Se a escola não tiver preparado atividades para este período de quarentena, busque na internet exercícios de acordo com a série de seu filho.

- Para os momentos de lazer, muitos acham mais simples ligar a TV ou mesmo buscar um canal infantil na internet e soltá-los ali até o final do dia. Sim, a tecnologia tem sido grande aliada quando não se pode sair de casa, mas não se engane: ficar sentado o dia inteiro em frente a uma tela também pode ser entediante para uma criança ou adolescente acostumado a sair. Sem contar que canais na internet exigem atenção redobrada, pois podem aparecer conteúdos impróprios para menores.

A dica nesse caso é estabelecer horários para que seu filho ou filha assista a algo na TV ou YouTube, sempre sob sua supervisão.

- O período de quarentena é difícil, mas faça deste tempo uma oportunidade para estar mais próximo de seus filhos. Há muitos canais que ensinam atividades interativas, no estilo faça você mesmo. Que tal usar a criatividade e fazer junto com eles novos brinquedos usando material reciclável?

Crianças e coronavírus: como cuidar dos pequeninos?

Embora as crianças sejam o grupo menos atingido pela Covid-19, elas podem ser altamente infecciosas para o restante da família, sobretudo idosos — portanto, enquanto não for seguro de acordo com a OMS, a regra é manter os pequeninos longe dos avós.

Mas apesar do índice bem baixo, crianças também podem ficar doentes, então fique atento às recomendações e não se desespere caso isso aconteça com seu filho ou filha

Sintomas: alguns são bastante comuns, como febre e tosse, mas a verdade é que o novo coronavírus ainda é um mistério até para médicos. Muitos sequer apresentam tais sintomas, porém é importante frisar que a vacinação em dia ajuda a eliminar suspeitas e impede de que seu filho precise ir ao médico por qualquer sintoma — a recomendação é que aos primeiros sintomas de gripe seja feito o autoisolamento do paciente.

Cuidando em casa: se seu filho estiver estável com relação aos sintomas, é o momento de tratar os sintomas para ajudar a aliviar o desconforto. Analgésicos e antitérmicos entram nesse momento, mas atenção: não dê ibuprofeno, pois ainda há divergências se o medicamento deve ser usado em caso de suspeita do Covid-19.

Lembrando que a automedicação não é indicada e pode piorar os casos, por isso, oriente-se com o médico sempre.

Como isolar as crianças do resto da família: eis uma tarefa praticamente impossível! Com os sintomas costumam ser mais brandos em crianças, elas continuam ativas e querendo brincar pela casa toda. A recomendação, neste caso, é triplicar a limpeza, duas ou três vezes por dia passar desinfetante no chão, álcool nos móveis ou hipoclorito (cândida diluída) na superfície, e tentar manter uma distância de pelo menos dois metros da criança.

Lembrando que o médico deve ser procurado em caso de febre alta e falta de ar. E fique atento se o seu pequeno tiver alguma doença preexistente, isso significa que ele entra no grupo de risco, independentemente da idade. Portanto, siga as recomendações da Organização Mundial de Saúde e fique em casa o máximo de tempo possível.