Ore como uma garota
Mulheres já são maioria nas igrejas e se destacam nos ministérios de intercessão
Redação CPIMW
01 de Abril de 2020

O Brasil está muito perto de ser um país de maioria evangélica, e dentro das igrejas, o número de mulheres já ultrapassou o de homens. Esta é a constatação do Instituto Datafolha, em pesquisa divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo mês passado. Ao todo, elas já representam 58% dos evangélicos.

Os dados, na verdade, só confirmam algo que é sentido em muitas igrejas por todo o Brasil, sobretudo nas chamadas reuniões de oração. É impressionante ver como as mulheres dominam os ministérios de intercessão, e também estão se destacando cada vez mais em lideranças de departamentos e até mesmo de igrejas — ainda que algumas denominações ainda não nomeiem pastoras, muitas missionárias estão no campo liderando frentes e propagando o evangelho.

A oração é, aliada à Palavra, o pilar que sustenta a vida espiritual de uma igreja. Um jargão muito comum no meio evangélico fala que “muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder”, e isto é uma realidade. 

Orar significa falar com Deus, é a forma que o homem possui de levar ao Pai suas petições. Não que haja uma forma certa de se fazer isso, embora o próprio Jesus tenha ensinado alguns princípios básicos da oração, como a reverência e a adoração ao nome de Deus, mas a verdade é que quanto mais oramos, mais desenvolvemos intimidade com o Pai. Orar é um exercício diário e faz-se necessário na vida do crente.

“Orar é a abertura para que Deus se aproxime de nossas necessidades. É o fôlego da vida espiritual. É entrada no impossível. Orar é comunicar-se, relacionar-se com Deus, Aquele que nos criou. A pessoa que não tem esse diálogo está espiritualmente sem vida. Assim como a Lua depende da luz do Sol, assim também dependemos da luz de Cristo em nós para vivermos. Essa realidade será vivenciada quando se tomar a atitude de exercitar essa comunicação constante com o Pai Eterno, Deus”, declarou a missionária Jurema Lopes, que é coordenadora geral de Intercessão da IMW, na reportagem sobre “O poder da oração”, feita pelo Voz Wesleyana em 2016.

A seguir, um breve perfil de algumas mulheres que se destacaram na Bíblia por serem intercessoras:

- Ana: Sua história está retratada no primeiro livro de Samuel. Ana era uma mulher que aparentemente não teria do que reclamar, pois era casada e tinha um marido que a amava de tal maneira que a dava a ela porção dobrada, ao contrário do que sua rival, Penina, recebia. Ela, porém, tinha algo que Ana não possuía: filhos.

Por mais que Ana tivesse todo o carinho do marido, ela sofria por não gerar filhos, e um dia, moveu o coração de Deus com sua oração. O interessante na passagem é que, no templo, Ana sequer pronunciou palavras, de tanto que seu coração estava triste. Ela só chorava, mas ali com as lágrimas, derramou a mais perfeita e sincera oração.

O que aprendemos com Ana é que não são as Palavras que vão mover o coração de Deus, e sim a verdade contida em nossa intenção. Deus já conhecia o seu coração, até que um dia ela resolveu derramá-lo diante Dele.

- Ester: Sempre tida como uma das mais belas mulheres da Bíblia, Ester é um exemplo de como a intercessão é uma arma poderosa. Jovem israelita, casou-se com o rei Assuero e tornou-se rainha da Pérsia. Porém, sabendo que um grande massacre estava sendo arquitetado contra o seu povo, ela tomou uma sábia atitude, convocou todos para três dias de jejum e oração, pois só haveria uma forma de impedir a tragédia: falar com o rei.

Acontece que qualquer pessoa que chegasse diante do rei sem ser chamado poderia ser morto. Ester sabia disso, por isso revestiu-se espiritualmente antes de tal atitude, mas não esteve sozinha. A oração do justo pode muito em seus efeitos, e a rainha Ester conseguiu salvar o seu povo.

- Maria: A mulher escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo na terra, aquela em quem Deus achou graça. Maria era uma menina, muito jovem, mas que tinha uma vida de oração. Quando recebe a visita do anjo e é avisada do que aconteceria, não temeu, pelo contrário. Recebeu a Palavra, e o seu coração se alegrou imediatamente. 

Isto não teria acontecido se Maria não mantivesse uma vida de intimidade com Deus conquistada através da oração. Quanto mais oramos, mais temos nossos ouvidos espirituais abertos para discernir a verdadeira voz de Deus.

 

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