Profisisonais desinfetam aeroporto em Barcelona, Espanha (Foto: Nacho Doce/Reuters)
Em coletiva realizada nesta segunda-feira (13), a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que há sinais de estabilização na curva de novos casos de coronavírus em vários países no continente europeu.
A entidade destacou que a quarentena rígida em alguns países colaborou para esse controle, e disse também que governos já podem pensar em quais serão os próximos passos, embora o quatro ainda seja de restrição à circulação de pessoas.
Ainda sobre uma possível volta ao normal em tais países da Europa, a OMS ressaltou que não é possível fazer a transição de uma vez de um quadro de restrição total de circulação para outro de total circulação de pessoas, e que a retirada das medidas de restrição não podem ser feitas de um só vez em todos os países que se encontram em quarentena.
De acordo com a entidade, conforme os países e regiões saem das situações de lockdown, pode haver novo salto nos casos da covid-19. "O único meio de sair dessa situação é achar o vírus, testar e isolar os doentes", voltou a recomendar a entidade.
Uma alternativa à frente pode ser a retirada de restrições primeiro em áreas estratégicas, com menos casos. "As pessoas precisam entender que pode levar mais tempo para elas ficarem em casa, mas que isso é temporário", afirmou o diretor executivo do Programa de Emergências à Saúde da OMS, Michael Ryan.
A epidemiologista Maria Van Kerkhove, líder da resposta da OMS à pandemia, declarou que a entidade ainda precisa de muito mais dados para conhecer melhor a doença, por exemplo por quanto tempo uma pessoa infectada pode transmiti-la.
A OMS recomenda que pessoas expostas a contaminados pelo coronavírus façam quarentena durante 14 dias. Além disso, no caso de alguém suspeito que não possa fazer o teste para confirmar a doença, ele deve ficar isolado por mais outros 14 dias.
Há ainda, segundo a entidade, a possibilidade de que alguns indivíduos possam transmitir o coronavírus por mais tempo, o que também precisará ser mais estudado, segundo especialistas.
(Fonte: uol.com.br)