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Cientistas ligados à empresa CanSino publicaram na última sexta-feira os resultados de seus primeiros testes de segurança e dosagem. Não foi um comunicado à imprensa. Foi um artigo científico na revista médica britânica The Lancet revisto por pares, repleto de números e tabelas. Dos 108 participantes na cidade chinesa de Wuhan, 63 desenvolveram os tais anticorpos neutralizadores em níveis considerados promissores. Entretanto 87% das pessoas que estavam sendo testadas sofreram algum tipo de efeito colateral, a maioria sendo dor ou vermelhidão.
De aproximadamente 120 candidatas a vacina registradas na base da OMS, apenas dez chegaram à primeira fase de testes clínicos, entre elas as da Moderna (EUA) e da CanSino (China). As apostas se dividem em mais de sete técnicas diferentes, cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens.
Na pandemia da Covid-19, várias tecnologias novas estão em análise, a ideia é trabalhar em paralelo, realizando testes em animais e humanos, ou construindo as linhas de produção simultaneamente aos testes, ainda que o resultado seja uma incógnita.
Um perigo comum no teste de vacinas, em especial nas que mantêm ativo o próprio vírus, é elas piorarem a doença, o que é conhecido como “reforço dependente de anticorpos”, já visto em testes contra dengue, ebola, HIV e um tipo de coronavírus que ataca felinos.
(Fonte: G1)