Foto: Portas Abertas - EUA
No mês de maio, os missionários que estão na China relataram o avivamento após a realização de cultos online durante a pandemia do novo coronavírus.
Após cinco meses de pandemia, a China começa a voltar ao normal. Segundo a matéria do Guiame, até o momento, a China registrou oficialmente mais de 82.000 casos de coronavírus e quase 5.000 mortes relacionadas ao vírus.
A equipe da Missão Portas Abertas na China respondeu algumas perguntas enviadas dos EUA, fornecendo uma visão detalhada da vida no país e da situação mais atualizada da Igreja chinesa.
Na entrevista, os missionários não tiveram seus nomes revelados, e informaram que a fome espiritual dos cristãos locais só tem aumentado.
“Os cristãos que conseguem se conectar online estão fazendo muito mais isso regularmente do que antes. Antes da pandemia, era bastante normal os cristãos chineses permanecerem conectados uns com os outros e se encorajarem espiritualmente nas mídias sociais chinesas, e até ouvirem sermões e participarem de aulas bíblicas on-line”, contou um dos missionários.
Outro acrescentou, “no geral, durante o confinamento, crentes de muitas comunidades cristãs de todo o país aderiram aos cultos online, ouviram / assistiram sermões on-line, oraram e usaram a Palavra de Deus para encorajar um ao outro on-line em maior número do que o habitual. A fome e o crescimento espiritual são notáveis”.
Questionados sobre a situação das igrejas, os missionários destacaram que os cultos presenciais proibidos aumentaram a frequência das reuniões e cultos online.
“As igrejas em todo o país pararam principalmente os cultos presenciais, mas muitas começaram a usar plataformas on-line para conectar, orar e estudar a Bíblia juntas. Por mais triste que seja essa pandemia, a vida na igreja foi incentivada à medida que os fiéis se reuniam online regularmente para cuidar uns dos outros e servir suas comunidades. Algumas igrejas locais se uniram para montar plataformas de oração. Eles incentivam os fiéis a orarem com mais fervor pelas suas comunidades, cidades e governo locais. Um pastor de Wuhan nos disse que os mais de 15 grupos de células em sua igreja costumavam se reunir uma vez por semana, mas durante a pandemia, todos se encontravam diariamente online”, destacou um dos missionários.
“Os pastores dessa igreja também estão pregando online todos os dias. Eles lideram uma reunião de oração de duas horas por semana e agora oferecem uma variedade de aulas bíblicas online. De fato, todas as reuniões nessa igreja de Wuhan estão sendo realizadas com mais frequência agora. O pastor disse que eles se sentem mais próximos do que nunca”, lembrou.
O missionário também explicou que nas regiões onde as restrições estão diminuindo, os cristãos já estão se reunindo em pequenos grupos para orar e adorar juntos.
“Nas regiões onde as restrições diminuíram, os cristãos começaram a se reunir em pequenos grupos de quatro ou cinco pessoas para aproveitar a companhia um do outro, orar, cantar e ajudar um ao outro.” disse. “Embora muitas igrejas tenham capacidade e motivação para realizar cultos e ter comunhão online, algumas igrejas pequenas optam por permanecer offline e manter um perfil discreto. É mais provável que eles conectem os crentes individualmente ou em pequenos grupos nas mídias sociais e se encontrem com alguns irmãos em áreas públicas quando a situação permitir”, finalizou um deles.
Eles ainda contaram que ouviram relatos sobre o governo chinês ter tentado encerrar os cultos online ou limitá-los, mas até o momento elas continuam acontecendo.
(Fonte: Guiame)