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A premiê da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou a imprensa que o país volta à normalidade nesta segunda-feira (8). A Nova Zelândia passou por um bloqueio severo de sete semanas, mas agora o período de transição chegou ao fim, e o país apresenta uma equação matemática clara para a Covid-19: 1.154 casos confirmados, 1.132 recuperados e 22 mortes.
Durante a coletiva, ela resumiu tudo com um “estamos preparados”, o país dominou o novo coronavírus e entra no tão aguardado nível 1 de alerta, após 75 dias de restrições.
Os ingredientes para essa recuperação foram divididos em quatros partes, e a curva da doença se achatou em 10 dias de quarentena. Ainda assim, não houve relaxamento imediato das restrições.
A credibilidade do governo foi outro ponto muito importante para o controle do vírus no país. A primeira-ministra conduziu entrevistas e lives diárias pelo Facebook, o seu estilo de liderança, direto e consistente, contribuiu para que a população respeitasse a regra de ficar em casa.
Vale lembrar que Jacinda afastou o ministro da Saúde, David Clark, do cargo, após ele não respeitar as determinações de distanciamento social. Ela também impôs sacrifícios ao gabinete, cortando 20% de seus salários durante seis meses. Hoje a premiê tem 80% de aprovação no país.
Essa não é a primeira vez que a primeira-ministra se torna referência em liderança no gerenciamento de crises. Foi assim também em março do ano passado, quando um supremacista de extrema direita invadiu duas mesquitas e matou 51 fiéis.
A postura dela ao encarar os fatos de frente, postando-se ao lado das vítimas muçulmanas, fez com que em poucos dias, a Nova Zelândia aprovasse uma lei para restringir a posse de armas.
No momento, o governo de Jacinda Adern se preocupa em recolher os destroços de uma economia que vive de turismo e foi seriamente abalada pela pandemia. Ela afirmou durante a coletiva que acredita em uma recuperação rápida.
(Fonte: G1)