Foto: REUTERS/Denis Balibouse
Nesta terça-feira (9), a OMS esclareceu que a transmissão do novo coronavírus está ocorrendo também a partir de casos assintomáticos da doença, mas ainda não há conclusões sobre a proporção. Este pronunciamento aconteceu um dia após a diretora técnica da entidade, Maria Van Kerkhove, dizer que a transmissão por pacientes sem sintomas era “muito rara”.
Hoje, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, citou essa fala para defender a flexibilização da quarentena no país.
A líder técnica afirmou, por meio das redes sociais que houve um “mal-entendido” a partir de uma resposta na coletiva de imprensa do dia anterior. De acordo com ela, seu comentário não era uma declaração oficial da OMS.
“Temos pouquíssimos estudos, dois ou três, que tentaram acompanhar casos assintomáticos ao longo do tempo. É uma amostragem pequena. Falei que a transmissão por pacientes sem sintomas é ‘muito rara’, e isso pode ter causado o mal-entendido. Estava me referindo a estudos e a alguns dados que ainda não foram publicados. O que recebemos dos Estados-membros é que, quando acompanhamos os casos assintomáticos, é muito raro encontrar uma transmissão secundária”, justificou Van Kerkhove às pessoas que acompanharam a transmissão nas redes sociais.
Michael Ryan, diretor do programa de emergências da entidade, afirmou estar “absolutamente convencido” de que a transmissão por pacientes assintomáticos está ocorrendo. “A questão é saber quanto”, finalizou.
Segundo a líder técnica, as estimativas sobre a quantidade de pessoas assintomáticas no mundo são bastante prematuras. Até o momento, as pesquisas sugerem que uma faixa entre 6% e 41% da população global pode ter contraído o novo coronavírus sem manifestar sintomas da doença.
(Fonte: Estadão)