Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Cientistas da Uerj criaram aparelho de baixo custo que mapeia a carga viral do novo coronavírus no ambiente. O aparelho recebeu o nome de Coronatrack, o dispositivo individual portátil foi criado pelas equipes do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais, do Departamento de Biofísica e Biometria da Uerj.
Heitor Evangelista, que é pesquisador e professor de Biofísica, disse que o aparelho vai possibilitar que o usuário monitore a carga viral nos locais por onde costuma circular. “Ele tem uma mini bomba de ar, que você coloca numa caixinha presa no seu cinto. É ligado em uma mangueira que vai presa na sua gola, crachá ou bolso. Nessa extremidade o sistema captura o vírus, quando eu ligo a bomba ele vai aspirar o ar em volta de você. Ele vai concentrando o vírus e no fim do expediente aquele material com o vírus acumulado é levado ao laboratório para ser analisado”, explicou.
Segundo a Uerj, o protótipo custou R$ 200, enquanto um modelo similar importado sai a R$ 4 mil.
O professor contou que o sistema é parecido com o utilizado em mineração, para monitorar partículas de poeira no ar. “A gente fez umas modificações nesse equipamento para ser mais eficiente para o vírus. O vírus está ligado às partículas no ar, ele não fica livre, ele se agrega às partículas que já estavam no ar e você inala tudo junto.”
De acordo com o professor, o aparelho pode ser utilizado também para contornar o problema da subnotificação de casos do novo coronavírus, dando aos cientistas e autoridades mais noção sobre os locais onde a doença pode ter uma maior incidência.
Nos primeiros testes, Coronatrack se mostrou eficiente e a equipe está trabalhando no desenvolvimento do produto para fabricação mais ampla e registro de patente. O protótipo está sendo testado no Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj.
(Fonte: Agência Brasil)