Cristã do norte do Iraque em meio à igreja destruída pelo Estado Islâmico em 2016 (Foto: Hussein Malla/AP)

Embora a perseguição contra os cristãos siga intensa no mundo, nem todos possuem a chance de recomeçar em países considerados livres para a pregação do Evangelho, e por incrível que pareça, cristãos refugiados estão tendo dificuldades de receber asilo nos Estados Unidos. De acordo com dados divulgados pelos grupos World Relief e Open Doors USA, o número de refugiados autorizados a entrar em solo norte-americano caiu 90% em relação a 2015.

Este ano, o governo de Donald Trump autorizou refúgio para apenas 18 mil pessoas, e este número inclui todos os cristãos que fugiram de seus países de origem por causa da perseguição ao Evangelho. A média histórica dos EUA girava em torno de 81 mil refugiados; durante o governo de Barack Obama, em 2016, esse número chegou a 110 mil.

Em entrevista ao site CBN News em 2017, Trump foi categórico quando questionado se cristãos perseguidos eram vistos como uma prioridade. "Sim", respondeu Trump. "Eles foram tratados de maneira terrível."

Em 2019, o secretário de Estado Mike Pompeo, disse à CBN News sobre os Estados Unidos o seguinte: “Ainda somos a nação mais generosa e acolhedora do mundo. Nosso objetivo tem sido tentar fazer o que essas pessoas realmente querem, que é permanecer em seu próprio país".

Mas defensores da causa dos refugiados discordam da posição do governo americano. “Um refugiado é alguém que não pode voltar. As condições são muito ruins para eles, se voltarem, não será seguro", disse Nadine Maenza, comissária da Comissão Americana de Liberdade Religiosa Internacional.

Os Estados Unidos nunca receberam tão poucos refugiados desde que o programa de reassentamento começou, 40 anos atrás. “Cristo é muito claro, especialmente em sua parábola sobre o bom samaritano sobre quais são as obrigações de seus seguidores, e é dar as boas-vindas ao estrangeiro, dar as boas-vindas ao vizinho", disse à CBN News Nathan Bult, vice-presidente sênior de Assuntos Públicos e Governamentais da Bethany Christian Services, organização que trabalha diretamente com refugiados.

Os Estados Unidos não são mais o principal porto para refugiados. Em 2018, o Canadá recebeu 28 mil pessoas, enquanto apenas 22 mil refugiados entraram nos EUA no mesmo período.

(Fonte: CBN News)