Vacina contra Covid-19 pode ficar pronta em setembro 
Corrida pela vacina conta com mais de 160 candidatas pelo mundo todo 
Redação CPIMW
20 de Julho de 2020

Vacina  da Universidade de Oxford demonstrou ser segura (Foto:iStock/Getty Images)

Nesta segunda-feira (20), um artigo publicado pela The Lancet concluiu que a vacina da Universidade de Oxford, produzida em parceira com o laboratório AstraZeneca, demonstrou ser segura e estimulou a produção de anticorpos e células T contra a Covid-19. 

“Pretendo passar o Natal no Brasil e tenho esperança de que isso vai ser possível”. Com estas palavras, a pesquisadora brasileira Daniela Ferreira, que está à frente dos estudos com a vacina contra o coronavírus na Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou que o progresso das vacinas está sendo extraordinário, durante uma entrevista na última quinta-feira (16). 

De acordo com a cientista Sarah Gilbert, a vacina contra o coronavírus produzida pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica Astrazeneca, poderá finalizar seus testes em humanos em setembro. 

As vacinas em desenvolvimento contra o coronavírus utilizam tecnologias bem diferentes e agem de formas distintas no organismo, mas todas ocorrem em estágios, começando com estudos de fase um. 

A vacina de Oxford está na terceira fase, como também a chinesa, CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (do Brasil). Segundo um artigo do site National Geographic, alguns cientistas estão receosos em aceitar a primeira vacina que for entregue ao mercado. “É delicado para as autoridades de saúde pública decidirem quando uma vacina estará pronta para ser disponibilizada à população.” 

Roland Sutter, que atuou como coordenador de pesquisa, política, desenvolvimento de produtos e contenção da poliomielite na Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, Suíça, aposentado desde dezembro, também alertou sobre os riscos de apostar apenas na primeira vacina. “Quando se aceita uma vacina com baixa eficácia, provavelmente impedimos o desenvolvimento de uma vacina melhor.” 

O que se sabe hoje é que existe em todo mundo em torno de 160 candidatas a imunizante da covid-19. Destas, duas dezenas já estão em fase de testes clínicos em humanos, mas a OMS afirmou que vacina de Oxford é a mais avançada.  

No Brasil, os testes voluntários da vacina da China em parceria com o Instituto Butantan começam amanhã (20), e já contam com cerca de 1 milhão de pessoas candidatas. Vale ressaltar que essa vacina é obrigatoriamente para profissionais de saúde. 

Ao todo, 50 mil pessoas participam dos testes da vacina de Oxford em todo o mundo, sendo 10% delas no Brasil.

Com informações do site National Geographic

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