(Foto: Philippe Desmazes/AFP)
Após cientistas de Hong Kong divulgarem um caso de reinfecção da covid-19, médicos da Bélgica e da Holanda afirmaram que pacientes dos dois países também tiveram a doença mais de uma vez. No Brasil, pesquisadores da instituição brasileira estudam novos casos suspeitos, segundo eles, o fenômeno deve acontecer também em outros países.
A Organização Mundial da Saúde afirmou, por meio de Margaret Harris, porta-voz da agência, que ocorrências do tipo são raras. “É um caso documentado em mais de 23 milhões. Harris também afirmou que é preciso ter cautela no discurso de que essas ocorrências impactariam nas vacinas.
Na Bélgica, o caso foi em uma mulher que havia sido curada e, três meses depois, foi infectada por uma cepa diferente. O virologista Marc Vann Ranst, do Instituto de Pesquisa Médica Riga, afirmou que casos semelhantes deverão vir à luz, mas destacou que o fenômeno é raro. “Depois de ter uma infecção, você espera estar fora de perigo por um tempo considerável. Esperemos que seja assim na maioria dos casos”, disse.
O consultor científico para Covid-19, Jeffrey Barret do Projeto Genoma do Instituto Wellcome Sanger, na Inglaterra, concorda que esses casos precisam ser mais estudados.
“É muito difícil fazer qualquer inferência forte a partir de uma única observação”, diz, sobre o caso de Hong Kong, o único documentado, até agora, em um estudo científico. “Dado o número de infecções globais até o momento, ver um caso de reinfecção não é tão surpreendente, mesmo que seja uma ocorrência muito rara. Isso pode ser muito raro e pode ser que as segundas infecções, quando ocorram, não sejam graves”, conclui o consultor.
(Fonte: Correio Braziliense)