(Foto: Mahmud Hams/AFP)
O movimento islâmico Hamas, que está no poder há mais de uma década na Faixa de Gaza, um território palestino, anunciou no início da semana um acordo para encerrar as trocas quase diárias de tiros com Israel, como veio ocorrendo no mês de agosto. O acordo prevê a concessão de uma ajuda financeira de US$ 30 milhões mensais por parte do Catar e a implementação de várias medidas econômicas.
"Após uma rodada de conversas mediadas pelo emissário do Catar, Mohammed Al-Emadi, foi alcançado um acordo para conter a escalada e estabilizar a situação", diz a nota assinada pelo líder do Hamas, Yahya Sinwar.
O emissário do Catar para a Faixa de Gaza chegou na terça-feira (25) ao território palestino. Fontes ouvidas pela agência AFP informaram que ele ofereceu uma ajuda de US$ 30 milhões (cerca de R$ 164 milhões) para os palestinos.
As medidas são uma zona industrial em Gaza e a distribuição de autorizações de trabalho israelenses para habitantes do território palestino, com o objetivo de reduzir a pobreza e estabilizar a situação.
A chegada dele aconteceu em um contexto tenso: desde 6 de agosto, o Hamas aumentou o número de lançamentos de balões incendiários e foguetes contra Israel que, em represália, bombardeia diariamente a Faixa de Gaza.Em resposta aos lançamentos destes balões, que causaram mais de 400 incêndios, Israel endureceu o bloqueio sobre Gaza, interrompendo o fornecimento de combustível para o território palestino.
De acordo com fontes próximas à delegação do Catar, os israelenses afirmaram estar dispostos a retomar o envio de combustível para fazer a central elétrica de Gaza voltar a funcionar e aliviar o bloqueio, desde que sejam suspensos os lançamentos de balões incendiários.
(Fonte: Guiame)