Refugiados compõem o grupo considerado mais difícil de ser alcançado (Foto: Nariman El-Mofty/AP)
A cada segundo, ao menos duas pessoas morrem sem conhecer a Cristo ao redor do mundo. Esta constatação foi feita em levantamento realizado pela International Mission Board (IMB), organização missionária filiada à Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. Os dados foram divulgados em 13 de maio.
Ao todo, mais de 155 mil pessoas morrem diariamente sem conhecer a Jesus, aponta o Relatório Estatístico Anual de 2020 da IMB. Os números, segundo a organização, são calculados com base nas Perspectivas da População Mundial para 2020 do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e estimativas evangélicas.
O relatório observa ainda que o crescimento da população no mundo também aumenta de forma “incomparável” a necessidade de se investir no campo missionário.
“De 1700 a 2000 d.C., 15,9 bilhões de pessoas viveram na Terra. No entanto, estimamos que mais de 24,9 bilhões viverão entre 2000 e 2100 d.C. Isso significa que mais 9 bilhões de pessoas estarão vivas nos próximos cem anos do que estavam vivas durante os 300 anos anteriores. Neste século, a necessidade de semear o Evangelho abundantemente, fazer discípulos obedientes e plantar igrejas saudáveis é incomparável.”
De acordo com a IMB, a maior parte do Grupo de Pessoas Não-Alcançadas (UUPG, sigla em inglês) são as pessoas consideradas deslocadas à força — entre elas, os refugiados. Há 79,8 milhões de pessoas nessa situação em todo o mundo. Entre elas, 45,7 milhões são pessoas deslocadas internamente, 26,3 milhões são refugiados, 4,2 milhões são requerentes de asilo e 3,6 milhões são venezuelanos deslocados para o exterior.
“Pessoas deslocadas à força tendem a se reassentar em países mais acessíveis aos missionários, potencialmente abrindo a porta para que esses UUPGs tenham acesso ao Evangelho pela primeira vez”, diz o relatório.
O Relatório Estatístico Anual de 2020 revela o crescimento do trabalho missionário em comparação com as estatísticas de 2019, que também foi um ano de sucesso para alcançar os perdidos.
Através dos esforços da IMB, houve 18.380 novas igrejas plantadas, 144.322 novos convertidos, 86.587 batismos, 127.155 receberam treinamento de liderança, 3.552 foram enviados para o campo missionário e 769.494 ouviram o Evangelho.
“Estamos orando para que o Senhor use as dificuldades atuais para abrir uma porta mais ampla para a verdade... Mas se a porta for aberta, quem poderá entrar nela?”, questionou Rosewell Hobart Graves, Missionário da FMB na China por 56 anos, em 19 de agosto de 1857. “Há uma colheita poderosa, madura para a eternidade, mas sem trabalhadores para colhê-la!”
(Fonte: Guiame)