Uma relação amorosa explosiva
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro"
Redação CPIMW
27 de Agosto de 2020

(Foto: Getty Images/Istockphoto)

É provável que você já tenha visto filmes em que um triângulo amoroso tenha terminado em tragédia. Esse tipo de produção desperta muito interesse, ao passo que revela dor e sofrimento causados por essa relação altamente explosiva.

A Palavra de Deus revela que nós podemos, ou mesmo tendemos, nutrir esse tipo de relacionamento com Deus e o dinheiro. O relacionamento em que inclua eu, Deus e o dinheiro é um tipo de triangulo amoroso inconcebível. Tão destrutivo quanto os triângulos amorosos exibidos nos filmes hollywoodianos ou novelas brasileira.

Há cristãos que defendem a neutralidade do dinheiro. Concordo em parte, pois o dinheiro enquanto moeda ou cédula impresso por um país é realmente neutro. Entretanto, o poder que o dinheiro confere ao que o possui e o mal que sua aquisição inspira, a Bíblia o define como um ídolo, um “senhor”, um espírito — um deus.

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro; ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas” (Mt 6.24).

Jesus define nesta passagem três características do relacionamento entre o homem e as riquezas: servir, amar e devotar-se. É bom que se diga que o assunto do texto acima o dinheiro e não um personagem qualquer a quem se deva servir, amar ou dedicar devoção. Os ‘dois senhores’ que requerem o nosso amor e a nossa lealdade são justamente estes: Deus e o dinheiro.

O dinheiro tem o poder de nos fazer viver para servi-lo, ama-lo e venera-lo. Ele não pode ser considerado apenas um meio de troca, um veículo de negócio. Não! Ele é um deus que exige culto, uma entidade passível de ser amada.

Jesus adverte que um triangulo amoroso como esse desembocará em divórcio. Ele ensina que as pessoas que amam o dinheiro se aborrecem (divorciarão) do Senhor. Esse relacionamento é antagônico, não combina, é explosivo! 

McAlister diz que “quem ama verdadeiramente muda o seu senso de valores, torna-o harmonioso com o objetivo de seu amor. A pessoa que ama outra tudo faz para torna-la feliz, mesmo que tenha de pagar um alto preço. A medida do amor é a mesma do sacrifício”.

O crente que ama o dinheiro vive em constante conflito. O casal Ananias e Safira (Atos 5.1-11) é um exemplo. Os membros da igreja primitiva deixavam os seus bens particulares à disposição dos demais membros. Ananias e Safira não queriam ficar para trás e, por isso, doaram o dinheiro da venda de um terreno. No entanto, eles não conseguiram se desligar totalmente do dinheiro e, em segredo, guardaram uma parte do dinheiro para si. A tentativa de se fazer parecer pessoas generosas, mesmo não sendo, fracassou totalmente. A traição foi sumariamente punida com a morte dos dois. 

“Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Tm 6.10).

 

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